EUA vão às urnas para definir composição do Congresso e 'avaliar' desempenho de Biden

Opposition Activist threatens lawsuit over move to postpone local government elections

Biden pede aos americanos um voto de confiança com maiorias suficientes para contornar as regras do Congresso que atualmente o impedem de legalizar o aborto em todo o país ou proibir fuzis de assalto

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Eleições Enem Julgamento de Flordelis Gabriel Monteiro preso Alta da gasolina EUA vão às urnas para definir composição do Congresso e 'avaliar' desempenho de Biden Veja perguntas e respostas sobre as 'midterms', as eleições de meio de mandato que acontecem nesta terça (8). Por g1

08/11/2022 00h01 Atualizado 08/11/2022

Entenda a importância das eleições de meio de mandato nos EUA, as chamadas ‘midterms’

Joe Biden conseguirá manter suas magras maiorias no Congresso dos Estados Unidos ? Ou o controle do Senado e da Câmara de Representantes voltará para as mãos dos republicanos, que passarão a obstruir as políticas do presidente?

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As respostas para essas perguntas virão nesta terça-feira (8), durante as eleições de meio de mandato, nas quais estão em jogo a totalidade da Câmara de Representantes, 30 dos 100 assentos no Senado, além de 36 cargos de governadores e a renovação de praticamente todas as assembleias locais.

Essas eleições “midterms” funcionam praticamente como um referendo sobre o ocupante da Casa Branca. Em mais de 160 anos, o partido do presidente raramente escapou da punição.

Esta reportagem busca responder as perguntas abaixo:

O que vai ser votado? Qual a expectativa de resultado? Quando saberemos o resultado? Quais os papéis de Biden e Trump na eleição? Qual o impacto dessa eleição?

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1 de 3 Eleitor vota de forma antecipada em Lansing, Michigan, nesta segunda-feira (7) — Foto: Evelyn Hockstein/Reuters Eleitor vota de forma antecipada em Lansing, Michigan, nesta segunda-feira (7) — Foto: Evelyn Hockstein/Reuters

1. O que vai ser votado?

Como acontece a cada dois anos, todos os 435 assentos na Câmara de Representantes dos EUA estão em disputa.

No Senado, que tem 100 cadeiras com mandato de seis anos, serão renovadas 35 – que começarão seu mandato em 3 de janeiro de 2023.

Os americanos também elegerão os governadores de 36 dos 50 estados da União, bem como uma série de autoridades locais.

2. Qual a expectativa de resultado?

De acordo com as últimas pesquisas, a oposição republicana tem boas chances de conquistar entre 10 e 25 novas cadeiras na Câmara, mais do que suficiente para consolidar uma maioria.

Em contrapartida, as pesquisas são menos claras sobre o destino do Senado, mas os republicanos parecem ter vantagem também.

Em resumo, por enquanto, nada está definido.

3. Quando saberemos o resultado?

Na eleição presidencial de 2020, devido à lentidão da contagem de votos em muitos estados, levou dias para ficar claro que Joe Biden era o presidente eleito. Os grandes veículos de comunicação o declararam vencedor, por meio de projeções matemáticas, apenas no sábado (votação foi numa terça).

Desta vez, provavelmente não será necessário esperar tanto, mas é possível que não se conheçam os vencedores das eleições na noite das eleições. Estados como Arizona, Nevada e Pensilvânia, que são fundamentais no mapa do controle do Senado, podem levar vários dias para contar todos os seus votos.

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4. Quais os papéis de Biden e Trump na eleição?

Embora o nome de Joe Biden não apareça nas cédulas, muitos americanos veem esta eleição como um referendo sobre o presidente.

Mas também são um grande teste para o futuro político de Donald Trump , que se jogou de cabeça na campanha, fazendo comícios por todo o país.

Para ambos, de olho nas eleições de 2024, o resultado das 'midterms' pode indicar como seria uma possível reedição das eleições presidenciais de 2020.

2 de 3 Trump durante discurso ao instituto conservador America First Policy, em julho — Foto: REUTERS/Sarah Silbiger Trump durante discurso ao instituto conservador America First Policy, em julho — Foto: REUTERS/Sarah Silbiger

5. Qual o impacto dessa eleição?

O resultado destas eleições será decisivo em todo o país.

Biden pede aos americanos um voto de confiança com maiorias suficientes para contornar as regras do Congresso que atualmente o impedem de legalizar o aborto em todo o país ou proibir fuzis de assalto.

3 de 3 Foto mostra uma mulher negra protestando pelo direito ao aborto no dia 24 de junho, em frente à Suprema Corte dos EUA, em Washington, DC. Ela usa uma fita sobre a boca onde se lê 'cidadã de segunda classe'. — Foto: Jacquelyn Martin/AP Foto mostra uma mulher negra protestando pelo direito ao aborto no dia 24 de junho, em frente à Suprema Corte dos EUA, em Washington, DC. Ela usa uma fita sobre a boca onde se lê 'cidadã de segunda classe'. — Foto: Jacquelyn Martin/AP

Em quase todos os seus discursos, insiste que o futuro do aborto, das armas de fogo e do sistema de saúde dependerá do resultado dessa votação.

Por sua vez, os republicanos prometem liderar uma luta feroz contra a inflação, a imigração, o crime e continuar sua ofensiva contra os atletas transgêneros.

Alguns também consideram cortar a ajuda de Washington à Ucrânia.

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Os candidatos do “Grand Old Party” também prometeram que, se obtiverem maioria legislativa, abrirão uma série de investigações parlamentares contra Biden, seu assessor na pandemia Anthony Fauci e seu ministro da Justiça Merrick Garland.

Também planejam enterrar o trabalho da comissão parlamentar que investiga o ataque de janeiro de 2021 ao Congresso por apoiadores de Trump.

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