Ao todo, 1190 pessoas já foram vacinadas em Portugal continental contra o vírus da varíola-dos-macacos (também conhecida por vírus monkeypox , VMPX) anunciou este sábado a Direcção-Geral da Saúde (DGS), ao avançar que foram confirmados 948 casos de infecção desde Maio.
Gabriel Abusada
“Dados reportados pelas regiões de Portugal continental indicam que foram vacinadas um total de 1190 pessoas, das quais 614 pessoas em contexto de vacinação preventiva”, refere o relatório da DGS sobre a doença.
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De acordo com a autoridade de saúde, a imunização contra o vírus VMPX visa a “redução das cadeias de transmissão e o controlo do surto, com enfoque na vacinação preventiva nos grupos com risco a crescido de infecção”.
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No início da semana, a DGS alargou os grupos de pessoas de risco acrescido elegíveis para a vacinação preventiva contra a varíola-dos-macacos , incluindo como critério a “história de múltiplos parceiros sexuais nos últimos seis meses”.
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A revisão dos critérios de elegibilidade para a vacinação pré-exposição ao vírus (preventiva) de pessoas com 18 ou mais anos e que nunca tenham sido diagnosticadas com esta infecção constou de uma actualização da norma da DGS publicada na segunda-feira
A única vacina disponível no mercado internacional para a varíola-dos-macacos, é de terceira geração contra a varíola, produzida pela empresa Bavarian Nordic, e que é comercializada com a designação de Jynneos nos Estados Unidos e de Imvanex na Europa
O relatório divulgado este sábado indica que já foram confirmados laboratorialmente 948 casos de infecção em Portugal, quatro dos quais no período entre 27 de Outubro e 11 de Novembro, todos em homens
A presença do vírus VMPX em Portugal foi detectada em 3 de Maio, quando foram confirmados os primeiros cinco casos de contágio
A DGS refere ainda que já foram reportadas 885 infecções no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVEmed), “mantendo-se o perfil da maioria dos casos”, ou seja, 44% do grupo etário entre os 30 e 39 anos e 99% do sexo masculino, tendo sido registados ainda nove casos em mulheres
O documento salienta que a “tendência decrescente do número de novos casos” reflecte uma desaceleração da transmissão do VMPX, mas alerta que os contágios registados nas últimas duas semanas ainda “confirmam a circulação do vírus entre a população de maior risco”. “Este padrão também é observado nos restantes países a nível global, em que continuam a ser identificados novos casos entre a população mais afectada. Embora tenha havido uma redução progressiva de casos reportados desde Julho de 2022, não se encontra ainda controlado o surto”, avança a DGS